Existe um ponto em comum entre grandes líderes do esporte e os líderes que constroem negócios bilionários: todos eles colocam a cultura acima do talento.
Sir Alex Ferguson, um dos maiores técnicos de futebol de todos os tempos, liderou o Manchester United por 26 anos. Nesse período, ele conquistou 38 títulos. E sabe qual era o seu maior segredo? Não era a tática. Nem a planilha. Era a cultura.
A cada contratação, ele olhava nos olhos do jogador e fazia a pergunta que realmente importava:
“Você está disposto a morrer por esse clube?”
Parece exagero? Pode até parecer. Mas é esse nível de comprometimento que separa um time comum de um time campeão.
Ferguson era conhecido por sua frase:
“Ninguém é maior que o clube.”
E ele provava isso com atitudes.
Negociou ídolos como David Beckham, Ruud van Nistelrooy e Roy Keane — não por falta de talento, mas porque eles passaram a ferir os valores do clube. O foco, a disciplina e o coletivo sempre vinham antes do ego.
E isso vale, também, para o mundo corporativo.
Barbara Corcoran, investidora do Shark Tank e fundadora de um império imobiliário em Nova York, conta que demitir rápido quem não se encaixa culturalmente foi uma das chaves para o sucesso do seu time.
“Gente negativa estraga meus bons meninos.”
— foi assim que ela definiu.
Ambos o técnico e a empresária sabiam que a maior ameaça de uma equipe não é a falta de talento, é a quebra de cultura.
Não se constrói empresas sólidas com base apenas em currículos, mas sim com base em valores.
Os 3 parâmetros que uso para construir meus times de alta performance:
- Cultura vem primeiro. Se a pessoa não carrega os mesmos valores da empresa, ela vai quebrar o ritmo do time. E vai custar mais do que você imagina.
- Contratação não é sobre o que a pessoa faz, é sobre quem ela é. Habilidade técnica se desenvolve. Caráter, não.
- Demissão também é uma forma de liderança. Quando você mantém alguém que contamina o time, você está escolhendo sacrificar os outros talentos em nome do conforto.
Montar uma equipe campeã exige coragem, visão e, acima de tudo, compromisso com a cultura que sustenta o negócio.
Porque, no final das contas, é ela que separa os negócios que sobrevivem daqueles que se tornam lendas.
