Você conhece o cenário. É domingo, 21h30. A casa está quieta, a TV está ligada, mas você não está lá.
Você está olhando para o teto e a “matemática cruel” começa a rodar na sua cabeça em background.
“O mês virou. A conta zerou. O que eu vendi mês passado é passado. Eu não faço a menor ideia de onde vai vir a próxima venda.”
Para a grande maioria dos vendedores B2B e estou falando da elite, de gente que conhece produto e tem técnica de fechamento , esse frio na barriga não é empolgação. É tortura.
Se você sente que sua carreira é uma montanha-russa onde você alterna entre “O Rei do Escritório” (quando fecha um contrato grande) e “Uma Fraude Completa” (quando o telefone para de tocar), eu tenho um diagnóstico duro, mas libertador para você.
Você não está sofrendo de falta de talento. Você está sofrendo de Ansiedade do Funil Vazio.
E a culpa não é do mercado. A culpa é que você está jogando um jogo de azar, achando que é um jogo de vendas.
O Diagnóstico: Improviso vs. Engenharia
A dura verdade que ninguém te conta nos treinamentos motivacionais é que força de vontade não enche funil.
O mercado está cheio de vendedores “artistas”. O artista depende da inspiração, da indicação que cai do céu, do cliente que “estava num bom dia”. Quando dá certo, é mágico. Quando dá errado, é desesperador.
O problema é que você está tentando resolver um problema de Engenharia (fluxo previsível de receita) com Improviso (esforço bruto e esperança).
Como diz James Clear em Hábitos Atômicos: “Você não se eleva ao nível dos seus objetivos; você cai ao nível dos seus sistemas.”
Se o seu sistema de prospecção depende de você acordar “motivado” para caçar clientes aleatoriamente no LinkedIn, você não tem um sistema. Você tem um hobby caro.
Os 3 Sintomas de que você é Refém da Sorte
Se você se identifica com os pontos abaixo, cuidado. Sua blindagem emocional está prestes a rachar:
1. A “Montanha Russa de Dopamina”: Sua autoestima profissional depende inteiramente do último “Sim” que você recebeu. Se a semana é ruim, você questiona sua própria competência.
2. O “Falso Profissionalismo”: Você sabe tudo sobre seu produto, mas não sabe explicar cientificamente como um estranho se torna um lead qualificado na sua agenda sem depender de sorte.
3. O Medo do Dia 1: Em vez de começar o mês com um plano de ataque validado, você começa com esperança. E esperança, no mundo B2B, não é estratégia. É negligência.
A Cura: Pare de ser Artista, vire Engenheiro
Os maiores Top Performers que eu formo no método VMSM não são necessariamente os mais carismáticos ou os que falam mais bonito.
São aqueles que entenderam que vendas é uma Ciência de Dados e Processos.
Eles trocaram a “ansiedade do domingo” pela “segurança da segunda-feira”. Eles não acordam pensando “será que vou vender?”. Eles acordam sabendo: “Se eu executar o processo de Engajamento X e a Prospecção Y, a estatística diz que terei 5 reuniões na quarta-feira.”
Isso é Engenharia de Vendas. Isso é Previsibilidade.
Enquanto você continuar tratando vendas como uma arte mística de convencimento, você será escravo do seu humor e do humor do mercado.
O segredo não é correr mais rápido com o balde furado. É parar, respirar e construir uma tubulação.
A pergunta que fica para sua segunda-feira é: Você vai acordar amanhã para caçar no escuro ou para colher o que plantou com estratégia?
Se você cansou de viver de soluços de receita e quer construir uma máquina que funciona mesmo quando você não está “inspirado”, talvez seja hora de parar de improvisar.
Engenharia vence a sorte. Sempre.
