Por Ronaldo Guerra
Pouca gente sabe, mas em 2018, aos 63 anos, eu tomei uma das decisões mais ousadas da minha trajetória profissional: voltei a estudar. Mas não para obter mais um diploma ou decorar novas siglas no currículo. Voltei a estudar porque senti que o mundo estava prestes a mudar e queria estar preparado.
Naquele ano, entrei no programa internacional “Digital Strategies for Business: Leading the Next-Generation Enterprise”, da Columbia Business School, promovido globalmente pela plataforma EMERITUS.
Era um curso online, totalmente em inglês, com alunos de diversos países e professores referência mundial em transformação digital. E ali, mesmo com décadas de experiência nas costas, percebi uma verdade desconfortável:
🔍 O que me trouxe até aqui, não me levaria adiante.
Por que esse curso foi tão importante? Porque a transformação digital ainda era uma promessa distante no Brasil. Inteligência Artificial? Automatização de processos? Plataformas digitais? A maioria das empresas não acreditava. E muitos líderes nem queriam ouvir. Mas eu acreditava. E via o que muitos ainda ignoravam:
➡️ Que a tecnologia mudaria a forma de vender
➡️ Que o cliente passaria a decidir antes de pensar
➡️ Que comunicação e propósito seriam tão importantes quanto técnica
➡️ Que liderar exigiria mais que comando exigiria visão, empatia e estratégia
Me formei com nota 96,45 de 100, destaque entre os participantes. Fui elogiado por professores, troquei experiências com alunos da Índia, Estados Unidos e Europa. Mas nunca postei isso. Nunca escrevi sobre. Nem comentei. E não por modéstia mas por convicção.
📌 Sempre acreditei que o que realmente transforma negócios não é o certificado, mas a forma como você aplica o que aprende.
O que aprendi naquele curso? Aprendi a enxergar o negócio com lentes mais amplas. Aprendi que a inovação verdadeira começa com a mente do líder, não com o sistema da empresa.
Aprendi que o digital exige mais do que ferramentas: exige inteligência aplicada, consistência e coragem de mudar o que está confortável. Mas o maior aprendizado foi este: Não existe transformação digital sem transformação humana.
E nenhuma das duas acontece com discurso. Elas acontecem com decisão, ação e entrega. Por que conto isso só agora? Porque vejo empresários vivendo hoje o mesmo dilema que vivi em 2018:
Percebem que algo está mudando mas não sabem como se preparar. A Inteligência Artificial está acelerando tudo. O comportamento do cliente mudou. O marketing está se reconfigurando. O jeito de vender está sendo reinventado.
E, ao mesmo tempo, muitos ainda resistem. Se você é um deles, aqui vai um recado com respeito e verdade: Esperar o “momento ideal” para agir é o erro mais caro que um líder pode cometer. Eu não esperei. Me preparei.
E hoje, tudo o que aplico em mentorias, consultorias, treinamentos e projetos de transformação tem raízes naquele estudo e na decisão de continuar aprendendo todos os dias.
Certificados são bonitos. Resultados são melhores. De lá para cá, ajudei dezenas de empresas a se reposicionarem. A venderem mais com inteligência emocional.
A usarem IA, neurovendas e estratégias reais para crescer. E sigo aprendendo. Testando. Aplicando. Porque o jogo só está começando.
